Epilepsia em idosos? Sim, pode acontecer!

Com o aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população, os casos de epilepsia em idosos têm sido cada vez mais frequentes, superando o número de casos em crianças

Embora a epilepsia percorra todas as faixas etárias, ela tem picos em dois momentos da vida: na infância e, sobretudo, na velhice. Com o aumento da expectativa de vida e envelhecimento gradual da população, os casos de epilepsia em idosos têm se acentuado, trazendo uma série de desafios que vão do diagnóstico ao tratamento.

Quais são as causas da epilepsia em idosos?

É comum a epilepsia em idosos surgir como consequência de um acidente vascular cerebral (AVC), tumores no cérebro ou traumas cranianos. Doenças degenerativas como demência e Alzheimer também estão associadas a crises. 

O próprio envelhecimento cerebral é considerado uma causa da epilepsia em idosos, além de outras doenças comuns em pessoas de idade mais avançada como hipertensão, diabetes, crises renais e distúrbios metabólicos. 

Como diagnosticar a epilepsia em idosos?

A descrição de como é a crise é essencial no diagnóstico de epilepsia, especialmente no idoso por isso elas devem escritas com precisão ao médico. 

Além disso, exames como o eletroencefalograma e a ressonância magnética auxiliam a investigação. O primeiro monitora o fluxo de impulsos elétricos no cérebro, enquanto o segundo poderá identificar a presença de alterações estruturais, como tumores. 

O diagnóstico em idosos, no entanto, costuma ser mais desafiador. Muitas vezes, o paciente com idade mais avançada sofre de outras doenças e faz uso de medicações que podem ter efeitos colaterais parecidos com as crises epilépticas. 

Como são as crises de epilepsia em idosos?

As crises convulsivas (tônico-clônicas) podem acontecer, mas não são tão comuns na velhice. As mais frequentes são crises com perda de consciência, por vezes com queda quedas, episódios de alteração de percepção do meio (disperceptivos) – o idoso fica com o olhar meio perdido, fora do ar e depois retoma o que estava fazendo como se nada tivesse acontecido. 

Ainda que possam ser sintomas de uma outra doença já diagnosticada ou efeito colateral de algum medicamento em uso, quando essas crises acontecem, um médico especialista deve ser procurado. 

Além disso, as quedas aumentam o risco de fraturas em idosos, portanto, a falta de um diagnóstico pode contribuir com a ocorrência de acidentes. 

Qual o tratamento para a epilepsia em idosos?

O tratamento, assim como em outras idades, é feito com medicamentos. É muito comum que idosos com epilepsia também tenham outras doenças. O tratamento, portanto, precisa levar em consideração todos esses diagnósticos, já que o paciente provavelmente faz uso de outros medicamentos de forma contínua. Os anticonvulsivantes prescritos pelo neurologista não podem, por exemplo, comprometer o efeito dessas outras medicações e vice-versa. 

Portanto, vale lembrar: para saber o tratamento mais indicado para cada caso, é fundamental procurar um médico especialista em epilepsia.

Dr. Lecio Figueira Pinto
RQE nº 48041 - CRM 110924
• Neurologista
• Neurofisiologista


“A epilepsia manifesta-se de diferentes formas e possui abordagens diversas. Nossa principal motivação é ajudar pessoas a cuidar da doença, tratar das crises, ter mais qualidade de vida. É uma doença como outra qualquer e precisa ser encarada sem preconceito.”
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (2003), Residência Médica em Neurologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2006), Especialização em Neurofisiologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2007), Estágio de Complementação Especializada em Epilepsia pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2008).
É doutor pelo programa de pós-graduação de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2013). Neurologista no Hospital Samaritano – SP (2007 até presente), Médico Assistente da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas - FMUSP (2009 até o presente), integrando os grupos de Emergências Neurológicas e Epilepsia (2014 até o presente). Coordenador do Ambulatório de Epilepsia do Hospital das Clínicas - FMUSP (2015 até o presente).

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