Para quem não conhece o termo, podemos dizer que os “gatilhos” são as situações que podem causar crises em alguns pacientes com epilepsia. Muitos deles variam de pessoa para pessoa, mas o consumo abusivo de álcool, a privação de sono e a sensibilidade a flashes de luz estão entre os mais comuns.
A seguir, vamos explicar como eles funcionam, para que você possa identificá-los e evitá-los no seu dia a dia.
Álcool em excesso provoca crises epilépticas?
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta os riscos de ocorrência de crises em portadores de epilepsia. Estudos apontam que a bebida, em doses elevadas, estimula a atividade das conexões cerebrais de forma exagerada, podendo provocar convulsões.
No entanto, uma pessoa pode ter uma crise epiléptica provocada pelo consumo de álcool, o que não significa que ela tenha epilepsia de fato. Já em pacientes diagnosticados com a doença, o uso abusivo da bebida aumenta as chances de surgimento de crises.
A combinação do álcool com medicamentos anticonvulsivos também pode ser nociva, comprometendo inclusive a eficácia do tratamento e aumentando o risco de efeitos adversos.
Além disso, o uso abusivo da bebida está relacionado ao desenvolvimento da epilepsia em alguns pacientes. Pessoas que tiveram crises porque beberam em excesso podem passar a apresentar convulsões espontâneas.
Dormir mal pode causar crises de epilepsia?
Algumas mudanças na atividade cerebral e hormonal acontecem enquanto dormimos. Por esse motivo, a quantidade de horas dormidas e a qualidade do sono são ainda mais importantes para o paciente com epilepsia.
A pessoa diagnosticada com a doença tem mais chances de passar por uma crise epilética quando não dorme horas suficientes ou simplesmente não consegue dormir, mesmo fazendo uso de medicamentos para tratar da doença.
A privação de sono pode, inclusive, aumentar a frequência e intensidade das crises epilépticas.
Flash ou padrão de luzes pode gerar crises epilépticas?
Estudos apontam que cerca de 3% dos pacientes com epilepsia podem ter crises provocadas por exposição a flashes ou luzes piscando.
Essa condição é conhecida como epilepsia fotossensível e é mais comum entre crianças e adolescentes diagnosticados com epilepsia generalizada ou síndromes, como a epilepsia mioclônica juvenil. Televisores, monitores de computador, videogames, luzes de sinalização ou até mesmo a luz natural podem ser gatilhos de crise em pacientes fotossensíveis.
A frequência dos flashes, a intensidade e o contraste com a iluminação do ambiente devem ser observados para evitar que os episódios aconteçam. É comum ver alertas sobre a presença desses flashes na introdução de alguns filmes, programas de TV e jogos de videogame.
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