A adolescência é uma fase desafiadora para muitos pais, ainda mais para quem tem um filho com doenças crônicas como a epilepsia.
O adolescente com epilepsia, tal qual os demais jovens, precisa exercer sua independência e sua autonomia que são importantes para o seu desenvolvimento emocional.
Diante das profundas modificações biológicas que ocorrem na adolescência, é muito importante que os jovens tenham um acompanhamento médico regular neste período.
Algumas considerações importantes para pais e pacientes:
Medicações:
• O adolescente cresce e ganha peso rapidamente, o que vai exigir ajuste na dose das medicações anticrise para que não haja “escapes”.
• Muitos adolescentes podem parar as medicações anticrise por acreditarem que não precisam mais delas ou, simplesmente, porque não querem tomar medicamentos. A suspensão abrupta da medicação pode ser bastante perigosa e provocar crises, muitas vezes graves.
Desta forma, orientar adequadamente o adolescente sobre o tema é imprescindível para a prevenção de crises e suas consequências.
Saúde Mental:
• Atenção à saúde mental é importantíssimo: muitos adolescentes podem ter problemas emocionais decorrentes de ter tido crises em público ou de efeitos colaterais dos medicamentos e isso deve ser discutido com o médico.
• A depressão não é um problema incomum na adolescência, em especial no adolescente com epilepsia e os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas.
• Isolamento social, irritabilidade, dores inexplicadas e falta de interesse nas atividades podem indicar um quadro depressivo.
Gravidez:
• Outra questão de muita preocupação é a gravidez na adolescente com epilepsia. A prevenção da gravidez na adolescência já é um desafio e na paciente com epilepsia, ainda mais.
• Algumas medicações anticrise podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional ou podem dar defeitos congênitos no bebê. Assim, pode ser necessário rever o esquema terapêutico em uso e escolher o melhor método contraceptivo.
• Conversar sobre o tema é fundamental, não ache que é cedo demais para iniciar uma conversa.
Epilepsia, álcool e privação de sono:
• Frequentemente os adolescentes não querem dormir cedo e o uso em excesso de eletrônicos só piora a questão.
• Uso de álcool e privação de sono são dois gatilhos muito bem definidos para crises, em especial na Epilepsia Mioclônica Juvenil.
• Orientar o adolescente a evitar o álcool e ter horas suficientes de sono é muito importante.
Referência:
Written by WebMD Editorial Contributors
Medically Reviewed by Christopher Melinosky, MD on December 21, 2022
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