Cirurgia VNS passo a passo

A cirurgia VNS, ou Estimulação do Nervo Vago, é um procedimento inovador utilizado no tratamento da epilepsia. Durante a cirurgia, um dispositivo é implantado no corpo, conectado ao nervo vago, uma via de comunicação entre o cérebro e várias partes do corpo. O dispositivo emite pequenas correntes elétricas regulares para o nervo vago, ajudando a regular a atividade cerebral e reduzir as crises epilépticas. Esse tratamento pode trazer alívio significativo para pacientes que não respondem a medicamentos convencionais. Embora a cirurgia VNS seja um procedimento invasivo, possui menos riscos que a cirurgia cerebral e seus benefícios potenciais na melhoria da qualidade de vida de pessoas com epilepsia são promissores.

Veja a seguir o passo a passo do procedimento:

1.

O paciente é anestesiado (anestesia geral) e preparado para a cirurgia. O paciente irá dormir durante todo o procedimento. 

2.

O cirurgião faz uma incisão do lado esquerdo do pescoço para acessar o nervo vago. 

3.

Uma incisão também é feita do lado esquerdo do tórax para a implantação do gerador, um pequeno dispositivo semelhante a um marca-passo, a bateria que comanda o aparelho. 

4.

Três espirais de fios são “enrolados” ao redor do nervo vago no pescoço. Elas se juntam num fio único que será conectado ao gerador no tórax. 

5.

O dispositivo é testado e as incisões fechadas com pontos internos (como em cirurgia plástica) com o fim da cirurgia. Neste momento o aparelho ainda está desligado. 

6.

O paciente é monitorado por algumas horas após a cirurgia até acordar completamente para garantir que não haja complicações.

7.

Geralmente o paciente fica mais dois dias internado para receber antibiótico e então receber alta do hospital. 

8.

O dispositivo é ativado em uma consulta de acompanhamento após cerca de 2 a 4 semanas da cirurgia. 

O ajuste da estimulação é feito por meio de um dispositivo externo e pode ser adaptado de acordo com a necessidade de cada paciente.

9. 

Para atingir a estimulação adequada, ainda leva-se de 4 a 8 meses.

Convidamos você a compartilhar essa publicação com aqueles que lutam contra a epilepsia. Juntos, podemos ajudar a disseminar conhecimento e oferecer suporte a quem precisa. 

Dra. Leila Maria Da Róz
RQE nº 82689 - CRM 124986
• Neurocirurgiã

“Uma das principais dificuldades em lidar com epilepsia é o diagnóstico diferencial com outras doenças que podem ser confundidas com epilepsia. A missão do grupo é reunir diversas especialidades que trabalham com epilepsia a fim de oferecer informação, auxiliando médicos e pacientes a atingir diagnóstico correto e precoce e tratamentos adequados.”
Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (2006). Especialização em Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, término em janeiro de 2012. Realizou estágio em Radiocirurgia no "Hôpital La Timone" em Marseille sob supervisão do Prof. Jean Régis (Aix-Marseille Université) e "Research Fellow" em Anatomia Microcirúrgica com o Prof. Albert Rhoton no "Mcknight Brain Institute" (Universidade da Flórida). Doutorado em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo concluído em setembro de 2016.

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