Crises Epiléticas X Funcionais: Entendendo as Diferenças

As crises epiléticas não psicogênicas, também conhecidas como crises funcionais, representam um desafio diagnóstico e um ponto de confusão para muitos pacientes e profissionais de saúde. Elas se manifestam de forma esporádica e imprevisível, muitas vezes apresentando sintomas semelhantes às crises epiléticas, mas diferem fundamentalmente em suas causas.

Enquanto as crises epiléticas são desencadeadas por curtos-circuitos no cérebro, as crises funcionais não apresentam atividade anormal cerebral. Essa distinção é crucial, pois influencia significativamente o tratamento e o manejo adequado dessas condições.

É importante ressaltar que não se deve atribuir culpabilidade ao paciente que vivencia esse tipo de crise, mesmo que não sejam de origem epiléptica. O trauma emocional gerado por essas crises pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e até mesmo aumentar a mortalidade.

Muitas vezes, essas crises funcionais são erroneamente diagnosticadas como epilepsia de difícil controle medicamentoso, o que ressalta a importância de um diagnóstico preciso e diferencial. O exame de videoeletroencefalografia é uma ferramenta essencial para esse fim, permitindo uma avaliação detalhada e confiável das atividades cerebrais durante os episódios.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando essa situação, não hesite em procurar a orientação de um especialista. Um diagnóstico precoce e preciso pode significar a diferença entre um tratamento eficaz e uma jornada de saúde mais desafiadora.

Dra. Isabella D'Andrea Meira
RQE nº 38615 / 38616 - CRM 62695
• Neurologista
• Neurofisiologista

“A informação é uma ferramenta essencial na luta contra a doença e o estigma que afeta a vida de milhares de pessoas com epilepsia. Contribuir com informação de qualidade para quem tem interesse no tema foi um dos principais objetivos deste site. Poder ajudar as pessoas a terem conhecimento dos principais tratamentos de uma forma simples e clara possibilita a busca por um melhor tratamento individualizado e para uma boa qualidade de vida.”
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com Residência Médica em Neurologia pela UFRJ. É Mestre em Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo. Possui Doutorado em Epilepsia pela UFRJ. Obteve Título de Especialista em Neurologia e em Neurofisiologia Clínica. Coordena o Centro de Epilepsia do Instituto do Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer, é professora da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Regional do Rio de Janeiro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN-RJ).

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