Atletas com Epilepsia: Inspiração e Superação nas Olimpíadas

Em tempos de Olimpíadas, somos constantemente inspirados por histórias de superação, determinação e conquistas. Atletas do mundo todo demonstram que, com perseverança e resiliência, é possível superar grandes desafios. Para aqueles que convivem com a epilepsia, essas histórias ganham um significado ainda mais profundo. Vamos conhecer alguns atletas que, apesar da epilepsia, alcançaram feitos notáveis no esporte e continuam a inspirar pessoas ao redor do mundo.

Lucía Martín-Portugués

Lucía, uma atleta de esgrima de 33 anos, representa a Espanha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Diagnosticada com epilepsia aos 17 anos, ela inicialmente temia não poder ter uma vida normal. No entanto, encontrou um neurologista que a ajudou a encontrar a medicação certa. Desde então, Lucía tem representado seu país em várias competições, inclusive retornando a esgrima feminina espanhola aos Jogos Olímpicos após 16 anos​.

David ‘Dai’ Greene

David Greene, especialista nos 400 metros com barreiras da Grã-Bretanha, é o segundo homem mais rápido de seu país nessa disciplina. Ele participou das Olimpíadas de Londres 2012, chegando à final e terminando em quarto lugar. David foi diagnosticado com epilepsia aos 17 anos.

Florence Griffith Joyner (FloJo)

FloJo, a mulher mais rápida do mundo, ainda detém os recordes dos 100m e 200m femininos estabelecidos em 1988. Natural da Califórnia, ela participou das Olimpíadas de 1984 em Los Angeles, ganhando uma prata, antes de conquistar três ouros nos Jogos de Seul em 1988. FloJo conviveu com crises epilépticas ao longo de sua vida.

Beth Dobbin

A velocista britânica Beth Dobbin foi diagnosticada com epilepsia aos 12 anos após episódios de movimentos incontroláveis e crises. Apesar dos desafios, ela perseverou e se tornou uma atleta olímpica.

Ketlen Wiggers

A maior artilheira da história do futebol feminino do Santos Futebol Clube, a brasileira Ketlen Wiggers, revelou recentemente que tem epilepsia. Ela disse que foi alvo de piadas e sofreu muito após o diagnóstico, quando médicos apontavam que a atleta não poderia mais jogar futebol. Aos 30 anos e com a doença controlada, ela quer incentivar outras pessoas a falarem sobre a epilepsia e a viverem bem, sem preconceitos.

Ketlen descobriu a doença aos 19 anos e sofre com um tipo de epilepsia denominado “crise de ausência”. Na época, ela tinha crises semanais que evoluíram para até 40 episódios em um único dia. Hoje, com a doença controlada, ela continua a brilhar no futebol e inspira muitas pessoas com sua história de superação.

Embora Ketlen não seja uma atleta olímpica, sua história de superação é um exemplo poderoso de resiliência e coragem, merecendo estar ao lado dessas inspirações olímpicas.

Esses atletas demonstram que, mesmo com os desafios da epilepsia, é possível alcançar grandes conquistas no esporte. Suas histórias de determinação e resiliência são uma inspiração para todos que convivem com a epilepsia.