Crise epiléptica e convulsão são a mesma coisa?

Quando se fala em epilepsia, é muito comum as pessoas associarem imediatamente a palavra “convulsão”. Mas será que esses termos são sinônimos?

O que é uma crise epiléptica?

A crise epiléptica é uma alteração súbita e transitória da atividade elétrica do cérebro, que pode se manifestar de diferentes formas. Nem sempre há perda de consciência ou movimentos bruscos. Os sintomas podem incluir:

  • Abalos musculares leves
  • Olhar fixo
  • Confusão mental
  • Sensações incomuns (visuais, auditivas, olfativas)
  • Comportamentos automáticos (como mastigar ou andar sem rumo)

Essas manifestações dependem da área do cérebro afetada e da intensidade da descarga elétrica.

O que é uma convulsão?

A convulsão é um tipo específico de crise epiléptica, em que há abalos musculares intensos e generalizados, geralmente acompanhados de perda de consciência. É o tipo mais conhecido e, muitas vezes, o mais dramático – o que faz com que as pessoas confundam o termo com a epilepsia como um todo.

Durante uma convulsão, a pessoa pode cair, se debater, salivar em excesso e, em alguns casos, apresentar respiração irregular ou morder a língua.

Toda crise epiléptica é uma convulsão?

Não.
Convulsões são apenas um dos tipos de crise epiléptica. Existem crises focais, que afetam apenas uma parte do cérebro e podem passar despercebidas, e crises generalizadas, que envolvem o cérebro todo e incluem as convulsões.

Por que é importante saber a diferença?

Reconhecer que nem toda crise epiléptica se manifesta com convulsão ajuda no diagnóstico e no cuidado com a pessoa que tem epilepsia. Além disso, contribui para combater o estigma e a desinformação sobre a doença.

Saber identificar os diferentes tipos de crise também é essencial para orientar familiares, professores, colegas de trabalho e cuidadores sobre como agir diante de uma crise.

Conclusão

Informar-se é o primeiro passo para acolher com respeito e responsabilidade. Epilepsia não é só convulsão – e entender isso pode mudar a forma como lidamos com essa condição neurológica.