De acordo com um estudo publicado na revista Epilepsy and Behavior, a depressão é o problema de saúde mental mais comum nas pessoas com epilepsia, atingindo aproximadamente 30% dos indivíduos.
A depressão pode ter efeito negativo nas atividades diárias e nos relacionamentos, por isso seu tratamento é muito importante.
• A depressão pode acontecer relacionada às crises?
Em algumas pessoas, podem acontecer antes da ocorrência, para outras após as crises. Ainda, para algumas pessoas com Epilepsia a depressão se mantém, independente das crises.
• Mas o que causa a depressão nas pessoas com epilepsia?
Existem vários fatores associados, como o tipo de crise e local em que a crise se inicia.
Algumas medicações utilizadas para o tratamento das crises podem piorar o humor. Muitas vezes esse efeito é temporário, mas quando intenso ou persistente, é importante comunicar seu médico.
Conviver com o Epilepsia, algumas limitações que podem acontecer, interferências nas atividades e relações sociais podem levar ou agravar as alterações de humor.
Como tratar a depressão em pessoas com epilepsia?
O tratamento conjunto da Epilepsia e da depressão deve ser feito.
Em alguns casos pode ser desafiador e nessas situações é importante consultar um neurologista especialista em Epilepsia e por vezes também um psiquiatra acostumado a tratar pessoas com com crises epilépticas.
Não tenha preconceito quanto ao uso de medicações para depressão! Se bem escolhidas, são seguras em pessoas com Epilepsia e têm grande impacto em melhorar a qualidade de vida.
Comunique seu médico se tiver sintomas depressivos, tristeza, ansiedade, falta de vontade de viver, desânimo. Não tenha receio em dizer o que sente, isso é muito importante para a qualidade do seu tratamento.
Depressão e Ansiedade em crianças e adolescentes com Epilepsia
A depressão é uma comorbidade frequente na epilepsia em qualquer faixa etária, inclusive na pediátrica.
Os achados típicos de depressão na fase adulta tais como humor rebaixado, melancolia, distúrbios do sono e do apetite nem sempre estão presentes em crianças. Ao invés disso, observa-se irritabilidade e pensamentos negativos sobre si próprio, outros e sobre o mundo.
Assim, é muito importante estar ciente dessa comorbidade em crianças e adolescentes com epilepsia, pesquisá-la ativamente e manter um monitoramento para que o diagnóstico seja precoce.
Se você é responsável por uma criança ou adolescente com epilepsia, fique atento:
• A avaliação clínica dos sintomas psicológicos deve fazer parte do acompanhamento clínico regular.
• Um suporte adicional de ajuda psicológica ou psiquiátrica pode ser benéfico para pacientes que estão em risco de desenvolver alguma psicopatologia
• Ferramentas de triagem para comorbidade psiquiátrica, quando disponíveis, podem ser incorporadas à avaliação clínica de rotina
• A administração adequada da medicação antiepiléptica é outro componente crucial no manejo psiquiátrico de crianças e adolescentes com epilepsia.
• A terapia cognitivo-comportamental mostrou-se promissora no manejo dos sintomas de humor na epilepsia.
Nunca deixe de informar o médico responsável se achar que algo não está bem!
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