Quando falamos em epilepsia, é comum associá-la a causas genéticas ou desconhecidas. No entanto, em alguns casos, as crises epilépticas têm uma origem estrutural – como acontece em pessoas que possuem tumores cerebrais de baixo grau.
Esses tumores são chamados assim porque crescem lentamente, geralmente não se espalham para outras regiões e tendem a ter um comportamento menos agressivo. Apesar disso, podem afetar áreas importantes do cérebro, especialmente quando se formam nas regiões responsáveis pela atividade elétrica cerebral – como o lobo temporal.
Quais são os principais tumores de baixo grau relacionados à epilepsia?
🧠 1. DNET (Tumor Disembrioplásico Neuroepitelial): É um dos tumores mais frequentemente associados à epilepsia em crianças e adolescentes. Geralmente está localizado no lobo temporal e provoca crises parciais refratárias (que não respondem bem aos medicamentos). O tratamento cirúrgico costuma ser eficaz e, muitas vezes, pode até eliminar as crises.
🧠 2. Ganglioglioma: Esse tumor também é comum em pacientes jovens e está frequentemente relacionado à epilepsia de longa duração. Ele contém uma mistura de células nervosas e gliais, e seu tratamento pode incluir cirurgia com bons resultados no controle das crises.
🧠 3. Astrocitoma de baixo grau: É um tumor formado por astrócitos, um tipo de célula glial. Quando localizado em regiões como o lobo temporal, pode desencadear crises epilépticas. Em muitos casos, a cirurgia é indicada e pode melhorar significativamente a qualidade de vida.
Diagnóstico e tratamento
A investigação por imagem (como a ressonância magnética) é essencial para identificar esses tumores. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento costuma envolver cirurgia — tanto para retirada do tumor quanto para controle das crises. Em alguns casos, o uso de medicamentos antiepilépticos continua sendo necessário.
Convivendo com o diagnóstico
Receber a notícia de um tumor cerebral pode ser assustador, mas é importante lembrar: tumores de baixo grau não são sinônimo de câncer agressivo. Com o acompanhamento adequado, muitos pacientes vivem bem e com qualidade de vida – especialmente quando o diagnóstico é feito precocemente.
A epilepsia é um dos principais sinais de alerta nesses casos, e reconhecê-la pode ser o primeiro passo para um diagnóstico que salva vidas.
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