Para entender o que é epilepsia, vale a pena começar pelo local onde ela se manifesta: nosso cérebro é uma central de comando que transmite ordens através dos neurônios, células nervosas que se comunicam umas com as outras por meio de impulsos elétricos.
Praticamente tudo o que o nosso corpo faz é uma resposta obediente a esses comandos cerebrais. A epilepsia acontece quando, por algum motivo, esses impulsos ficam desregulados, mais intensos e demorados. E a partir dessa alteração na comunicação entre os neurônios, o corpo responde de forma adversa.
Quais são os sintomas da epilepsia?
Normalmente, a epilepsia é conhecida pelas convulsões, que são aquelas manifestações marcadas pela contração dos músculos do corpo de forma repetitiva e involuntária. Mas esse não é o único jeito de a doença se manifestar. Formigamentos, descontroles de movimentos, visão e audição alteradas podem ser alguns de seus sintomas também.
O paciente pode ficar fora-do-ar, fazer movimentos automáticos e não lembrar de nada do que fez depois. Também pode entrar em um estado de ausência, uma crise generalizada em que a pessoa “desliga” por alguns instantes e depois retoma o que estava fazendo, como se nada tivesse acontecido.
Qual é a causa da epilepsia?
A epilepsia não tem apenas uma causa: ela pode aparecer em decorrência de um trauma ou lesão no cérebro, por defeitos no metabolismo da pessoa ou até mesmo por predisposição genética (quando outros membros da família têm a doença) e causas congênitas (na formação do bebê durante a gravidez).
Existem tipos diferentes de epilepsia?
Sim. A epilepsia é classificada de acordo com as regiões do cérebro que são afetadas pelas “descargas elétricas”. Sendo assim, a doença pode ser do tipo:
- Epilepsia focal: quando atinge uma parte ou apenas um lado do cérebro. Nesses casos, os pacientes em crise costumam ficar fora-do-ar, perdem a percepção sobre o que estão fazendo.
- Epilepsia generalizada: quando compromete os dois lados do cérebro, provocando crises convulsivas e de ausência.
A piora em um quadro de epilepsia focal pode evoluir para um caso de epilepsia generalizada, por isso é importante buscar ajuda médica ao perceber sintomas. Algumas crises podem ser seguidas de um estado de sonolência e confusão, porém outras não.
Quem pode ter epilepsia?
A epilepsia pode começar em qualquer momento da vida e atinge todas as faixas etárias, mas os picos de casos são mais frequentes na infância e entre idosos.
Epilepsia trata-se com remédio?
A medicação é o primeiro tratamento recomendado pelos médicos especializados em epilepsia. Em 30% das vezes, porém, os pacientes podem ser fármaco-resistentes, ou seja: eles continuam tendo crises mesmo fazendo uso correto dos remédios.
Nesses casos, é fundamental buscar o apoio de um centro especializado na doença, para que seja possível adotar novas medidas para o seu controle.
Outros tratamentos podem ser associados ao uso de medicamentos, e a depender do caso, a doença também poderá ser tratada com cirurgia.
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